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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Guia do astrônomo

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  Olá, leitores, estava olhando as estrelas, pela janela, sempre faço isso, e como estava irritado de não saber o que eu iria postar, veio a minha cabeça essa ideia. Vamos lá!

  Não é obrigatório ter um telescópio, nem é tão necessário assim ter algo para aumentar o alcance do seu olho, simplesmente só ele esta bom. Mas se você tiver um binóculo, é ótimo! Ele irá aumentar a sua visão, e facilitar um pouco as coisas.

  O que é mais chato é decorar o nome das estrelas, o que não é tão necessário assim, mas todos devemos saber o básico, bom vamos para de enrolar e vamos as dicas!

  Não é só você olhar pela janela que vai encontrar constelações, planetas e nebulosas, tem que ser um lugar sem poluição, e exposição a luz artificial, lugares muito úmidos, com muitas nuvens não são bons, procure um local mais quente, seco, e aberto, sem muita vegetação. Leve uma dessas cadeiras de Camping, e repelente de insetos. Lembre-se vá no local antes, se você não conhecer-lo, e sair andando, corre o risco de cair num buraco, ou sentar em cima de um formigueiro. Não se esqueça da lanterna, e de um lanche, se o lugar for muito distante, uma bússola, e marque o caminho de volta nela.

                               A obervação do céu a olho nu
Para observar o céu precisamos de um local livre de obstáculos, longe das luzes ofuscantes das grandes cidades em locais afastados dos grandes centros urbanos e de noites límpidas, sem Lua e sem nebulosidade.
Para decifrar o céu, saber o nome de cada constelação e o nome das estrelas mais brilhantes com a vista desarmada, sem instrumentos basta uma carta celeste e um pouco de paciência.
No escuro a sensibilidade do olho é maior, é preciso de 15 minutos a 1 hora para se beneficiar dessa vantagem para que se inicie qualquer observação. A difusão de luzes no céu das grandes cidades fará com que apenas as estrelas mais brilhantes fiquem visíveis; mesmo assim será possível iniciar a observação. Para compreender os movimentos do céu sem nenhum instrumento astronômico, convém observar o deslocamento das estrelas durante algumas horas. É possível observar uma faixa leitosa, a Via Láctea, que atravessa o céu, é possível observar riscos luminosos, os meteoros, cortando o céu cheio de estrelas. Todas as estrelas se deslocam ao redor do mesmo ponto. O Sol se desloca sempre no mesmo sentido das estrelas e surge sempre do mesmo lado do horizonte, o leste, e cruza o céu até o lado oposto, o oeste.
Se nos posicionarmos com o norte à nossa frente, o sul estará atrás de nós, o leste a nossa direita e o oeste a nossa esquerda.
O ponto na vertical, bem acima da nossa cabeça é chamado de zênite e o ponto bem abaixo de nós será o nadir.
Dessa observação a olho nu podemos constatar os seguintes fatos:
A – as estrelas aparecem do lado leste do horizonte e deslocam-se paralelamente no céu em direção ao lado oeste, onde desaparecem.
B – quando olhamos para as estrelas acima do horizonte sul estas parecem girar ao redor de um ponto, o pólo celeste Sul. (isto é válido para um observador situado no hemisfério sul). Este é o movimento aparente diário aparente das estrelas, do Sol e da Lua. Este movimento é aparente por que é a Terra que ao girar ao redor do seu próprio eixo provoca o efeito de movimento dos corpos celestes em torno da Terra.
Tente imaginar que o ponto ao redor do qual as  estrelas descrevem círculos concêntricos constitui o ponto em que o prolongamento do eixo da Terra perfuraria a esfera celeste.
Um observador, nos pólos terrestres, norte ou sul, veria as estrelas girando paralelamente ao horizonte, continuamente, e nunca desaparecerem no horizonte.
Um observador, no equador terrestre, veria as estrelas nascerem e se porem perpendicularmente no horizonte.
Tal deslocamento é o movimento aparente diurno provocado pela rotação da Terra em torno do próprio eixo.
C – observando sempre do mesmo ponto o observador verá que uma mesma estrela sempre aparece e desaparece, todos os dias, nos mesmos pontos do horizonte. O observador também irá notar que de um dia para o outro a mesma estrela aparecerá e desaparecerá 4 minutos mais cedo.
Em um mês esse avanço será de duas horas. Assim, o céu de 1 de setembro, às 20 horas, será o mesmo de 1 de agosto as 22 horas. Se observarmos o céu sempre na mesma hora e no mesmo local, veremos que seu aspecto se modificará: algumas estrelas deixarão de ser vistas e outras surgirão.
Tal fenômeno é o movimento anual aparente, causado pelo movimento da Terra ao redor do Sol, durante o ano. Em seu caminho em torno do Sol, a Terra percorre uma distância de 2.596.080 km por dia, mudando diariamente seu ponto de observação no espaço.
D – ao observarmos as constelações junto ao horizonte, iremos vê-las aumentadas e com as estrelas entre si mais afastadas, o que irá ampliar e deformar o seu desenho característico, como aliás ocorre com o Sol e a Lua quando estão próximos ao horizonte. Ao passarem pelo zênite, as constelações parecem menores e as estrelas mais próximas entre si.
A identificação das estrelas
O reconhecimento das constelações pode ser feito em pouco tempo, uma ou duas semanas de observação são suficientes para se conhecer as estrelas mais brilhantes.
Em primeiro lugar devemos conhecer as “principais” constelações, que servirão de referências, essas são de fácil reconhecimento e estão bem distribuídas por toda a abóbada celeste.
Grupos de estrelas de referências
Cruzeiro do Sul e suas guardas – o Cruzeiro do Sul, com sua forma de cruz e as guardas Alfa Centauro (Rigel) e Beta Centauro (Algena ou Algenu), ao leste da cruz, são as estrelas de maior destaque do pólo celeste Sul.
A observação das estrelas e das constelações
 Para identificar as constelações e as estrelas convém usar um mapa celeste e uma pequena lanterna com luz vermelha para iluminar o mapa sem perder a sensibilidade do olho que é aumentada durante a noite.
 Para localizar os pontos cardeais você pode utilizar uma bússola ou o Cruzeiro do Sul, basta prolongar quatro vezes e meia o eixo maior da cruz para encontrar o pólo sul da esfera celeste.
 O observador pode se orientar colocando o mapa entre ele e o céu, e alinhar o norte do céu com o norte do mapa. O método será procurar no céu o que se vê no mapa.
 Quando queremos localizar um país estabelecemos relações com outros lugares próximos à esse país, como exemplo sabemos que a Suíça tem ao norte a Alemanha, ao sul a Itália a leste a Áustria e a oeste a França. Para localizar uma estrela ou constelação desconhecida o procedimento será o mesmo, criar associações, no mapa, entre o que queremos localizar e constelações conhecidas e depois tentar repetir os mesmos passos no céu.
A carta celeste
 O mapa celeste pode ser um planisfério, isto é, uma representação retangular de toda a esfera celeste, outro tipo de mapa é a representação do céu, toda a abóbada celeste, em círculos que representam o céu em determinado dia e hora para determinado local e o terceiro tipo é o planisfério giratório que mostra o céu no dia e hora que o observador desejar.
As estrelas
 As estrelas são visíveis como pontos luminosos e parecem sofrer variações bruscas em suas cores e brilhos, isso é chamado de cintilação, e é provocado por mudanças de umidade, temperatura e densidade na atmosfera.
 Os astros situados próximos ao zênite apresentam pouca cintilação, o mesmo acontece em lugares altos ou em dias de pouco vento. As estrelas brancas e as azuis também apresentam muita cintilação ao contrário das amarelas e vermelhas.
 Ao observar o céu, é possível notar cores nas estrelas mais brilhantes e que todas as estrelas tornam-se avermelhadas quando estão próximas da linha do horizonte e na aurora e no crepúsculo todas as estrelas parecem mais pálidas.
As constelações
 Para facilitar a descrição do céu, o homem primitivo resolveu reunir as estrelas em grupos, constituindo desse modo as constelações. Na realidade, elas não constituem sistemas de estrelas associados entre si. Em geral se encontram muito distantes entre si, dentro da nossa Galáxia.





As constelações
Nome em latimAbreviatura Nome em português
Andromeda (ae)
Antlia (ae) 
Apus (odis) 
Aquarius 
Aquila (ae)
Ara (ae) 
Aries (tis)
Auriga (ae)
Bootes (is) 
Caelum (i) 
Camelopardus (alis)  
Cancer (eri) 
Canes (um) Venatici  
Canis Major (is) 
Canis Minor (is) 
Capricornus (i) 
Carina (ae) 
Cassiopea (ae) 
Centaurus (i) 
Cepheus (ei) 
Cetus (i) 
Chamaeleon (ontis) 
Circinus (i) 
Columba (ae) 
Coma (ae) Berenices (is) 
Corona (ae) Australis 
Corona (ae) Borealis 
Corvus (i) 
Crater (is) 
Crux (cis) 
Cygnus (i) 
Delphinus 
Dorado (us) 
Draco (nis) 
Equuleus (ei) 
Eridanus (i) 
Fornax (acis) 
Gemini (orum) 
Grus (uis) 
Hercules (is) 
Horologium (ii) 
Hydra (ae) 
Hydrus (i) 
Indus (i) 
Lacerta (ae) 
Leo (nis)
Leo (nis) Minor (is) 
Lepus (oris) 
Libra (ae) 
Lupus (i) 
Lynx (eis) 
Lyra (ae) 
Mensa (ae) 
Microscopium (ii) 
Monoceros (otis) 
Musca (ae) 
Norma (ae) 
Octans (tis) 
Ophiuchus (i) 
Orion (is) 
Pavo (nis) 
Pegasus (i) 
Perseus (ei) 
Phoenix (cis) 
Pictor (is) 
Pisces (ium) 
Piscis Austrinus (i) 
Puppis 
Pyxis (idis) 
Reticulum (i) 
Sagitta (ae) 
Sagittarius (ii) 
Scorpius (ii) 
Sculptor (is) 
Scutum (i) 
Serpens (tis) 
Sextans (tis) 
Taurus (i) 
Telescopium (ii) 
Triangulum (i) 
Triangulum Australe  
Tucana (ae) 
Ursa (ae) Major (is) 
Ursa (ae) Minor (is) 
Vela (orum) 
Virgo (inis) 
Volans (tis) 
Vulpecula (ae) 
And
Ant
Aps 
Aqr 
Aql
Ara 
Ari 
Aur 
Boo
Cae 
Cam 
CnC 
CVn
CMa 
Cmi 
Cap 
Car 
Cas 
Cen 
Cep 
Cet 
Cha 
Cir 
Col 
Com 
CrA 
CrB 
Crv 
Crt 
Cru
Cyg 
Del 
Dor 
Dra 
Equ 
Eri
For 
Gem 
Gru 
Her 
Hor 
Hya 
Hyi 
Ind 
Lac 
Leo 
LMi 
Lep 
Lib 
Lup 
Lyn 
Lyr 
Men 
Mic 
Mon 
Mus 
Nor 
Oct 
Oph 
Ori 
Pav 
Peg 
Per 
Phe 
Pic 
Psc 
PsA 
Pup 
Pyx 
Ret 
Sge 
Sgr 
Sco 
Scl 
Set 
Ser 
Sex 
Tau 
Tel 
Tri 
TrA 
Tuc 
UMa 
Umi 
Vel 
Vir 
Vol 
Vul 
Andrômeda
Máquina Pneumática 
Ave do Paraíso 
Aquário 
Águia 
Altar 
Carneiro 
Cocheiro 
Boieiro 
Buril 
Girafa 
Caranguejo 
Cães de Caça 
Cão Maior 
Cão Menor 
Capricórnio 
Carena 
Cassiopéia 
Centauro 
Cefeu 
Baleia 
Camaleão 
Compasso 
Pomba 
Cabeleira de Berenice 
Coroa Austral 
Coroa Boreal 
Corvo 
Taça 
Cruzeiro do Sul 
Cisne 
Delfim 
Dourado 
Dragão 
Cavalo Menor 
Erídano 
Forno 
Gêmeos 
Grou 
Hércules 
Relógio 
Hidra Fêmea 
Hidra Macho 
Índio 
Lagarto 
Leão 
Leão Menor 
Lebre 
Balança 
Lobo 
Lince 
Lira 
Mesa 
Microscópio 
Unicórnio 
Mosca 
Régua 
Oitante 
Ofiúco 
Órion 
Pavão 
Pégaso 
Perseu 
Fenix 
Pintor 
Peixes 
Peixe Austral 
Popa 
Bússola 
Retículo 
Flexa 
Sagitário 
Escorpião 
Escultor 
Escudo 
Serpente 
Sextante 
Touro 
Telescópio 
Triângulo 
Triângulo Austral 
Tucano 
Ursa Maior 
Ursa Menor 
Vela 
Virgem 
Peixe Voador 
Raposa 


Se você gosta de programas, e coisa e tal, aqui vai uns que achei:

Sky Charts - PC/Windows
Sky Charts ou Cartas Celestes é um ótimo programa para PC / Windows. O programa gera mapas celestes precisos com as posições das estrelas, planetas, aglomerados estelares, nebulosas e galáxias. O programa é gratuito e no site do desenvolvedor existem ainda diversos arquivos adicionais para tornar o programa ainda mais completo.




O site do desenvolvedor para o download do programa é: http://www.ap-i.net/skychart/


MacAstronomica - Apple/MacOS
Bom programa para computadores Apple com o sistema operacional Mac Os X 10.2 ou superior. O programa gera mapas com as constelações, estrelas e outros objetos importantes. O programa é pago mas funciona durante alguns dias para avaliação. Após o período de avaliação é preciso comprar o registro do programa.



O site para o download do programa é: www.artistictechworks.com/astronomica


KStars - PC/Linux
KStars é um programa para computador PC com o sistema operacional Linux. Assim como os outros programas este aplicativo gera mapas do céu com as posições das estrelas, planetas, nebulosas, aglomerados abertos e globulares, galáxias e outros objetos importantes.


O site para o download do programa é: http://edu.kde.org/kstars/

E esse que parece ser o mais legal:

Voyager - PC/Windows e Apple/MacOS
Mais um programa para PC / Windows e Apple Mac OS.  O programa também possui gráficos sofisticados e visualmente lembra o Starry Night e o Stellarium. Este programa mostra imagens dos objetos mais importantes ( planetas, aglomerados estelares, galáxias, nebulosas e etc ) e suas coordenadas.
O site do fabricante para o download da versão Trial é: http://www.carinasoft.com/products/voyager/index.html

Continuando...
Quando se coloca pela primeira vez o olho à ocular de um telescópio, a imagem formada pelo instrumento é interpretada como sendo de pequenas dimensões. Essa primeira impressão tende a desaparecer com o tempo. Os detalhes irão se revelando: primeiro os mais evidentes, em seguida os mais difíceis. O cérebro tende a reagir aos poucos, só depois de muitas observações, ele fará uma avaliação correta da imagem. Também é necessário aprender a colocar o olho no lugar certo, centrado sobre o eixo óptico do instrumento e próximo da ocular para que o olho possa recolher todo feixe de luz que sai da ocular.
Não pense o principiante que basta olhar através da ocular para ver tudo o que o instrumento pode mostrar. Já vimos que o cérebro precisa de tempo e treino para perceber todos os detalhes de uma imagem e que também é necessário colocar o olho no lugar certo, e tem mais, objetos pouco brilhantes ou difusos como nebulosas e cometas são melhor percebidos quando não olhamos diretamente para eles, olhando na sua vizinhança, obliquamente, isto é, olhando de lado eles se tornam mais evidentes, mais destacados.
Localização de objetos celestes
Tentar localizar um objeto com um telescópio, que geralmente tem um campo de visão muito pequeno, sem o auxílio de uma buscadora é uma tarefa difícil, trabalhosa e cansativa, a buscadora é uma pequena luneta cujo campo de visão é grande, da ordem de 7,5º que tem a função de facilitar o enquadramento no campo de telescópio, a função da buscadora é semelhante à do binóculo, é ver melhor.
Focalização correta
Focalizar é colocar a ocular no lugar certo de modo que possamos ver uma imagem nítida que revele detalhes do objeto observado, as estrelas devem aparecer como pontos, não como discos, e a Lua e os planetas devem aparecer, como discos, com seus bordos bem definidos. A focalização não é absoluta, pode variar de uma pessoa para outra, especialmente se uma tiver miopia ou hipermetropia e a outra não possuir qualquer dessas anomalias.
Cuidado com os fortes aumentos – Pura ilusão
Uma ocular muito potente, de poucos milímetros de foco, fornece quase sempre uma imagem imprecisa escura e tremulante, sem qualquer acréscimo na soma de detalhes. Os grandes aumentos são utilizados somente quando as condições da atmosfera são extremamente favoráveis. Uma ampliação exagerada da imagem também exige uma boa qualidade óptica e um diâmetro mínimo da objetiva que não deve ser inferior a 80 mm para lunetas e 150 mm para telescópios.
Condições atmosféricas
Raramente a atmosfera oferece condições de estabilidade e transparência, sem umidade, ventos, névoa ou variações de temperatura entre as camadas da atmosfera. A observação astronômica é uma escola de paciência ou mesmo de resignação. Esses efeitos negativos são tanto mais evidentes quanto mais próximo do horizonte estiver o astro visado. Uma boa observação deve ser realizada com astros que se  encontram a pelo menos 35º ou 40º acima do horizonte.
Escala de avaliação de visibilidade (seeing)
O astrônomo Eugéne M. Antoniadi (1870-1944) desenvolveu um sistema, denominado “escala de Antoniadi”, que permite a classificação das condições de visibilidade, ou seeing, nas quais realizam-se as observações astronômicas:
I. Visibilidade perfeita, sem qualquer tremor.
II. Ondulações leves, com momentos de calma que duram vários segundos.
III. Visibilidade moderada, com tremores.
IV. Visibilidade ruim, com imagem apresentando desde pequenas ondulações até agitação constante.
V. Visibilidade péssima, mal permitindo a elaboração de um esboço da imagem
A observação
Uma observação mais rigorosa exige que façamos anotações e esboços do que observamos. Isso requer uma prancheta, algumas folhas de papel, caneta, lápis e uma lanterna com filtro vermelho para não ofuscar a vista para registrar o que observamos. A observação precisa ser acompanhada de vários elementos que possam permitir a análise, a avaliação do seu conteúdo. Essa lista de informações deverá mencionar: hora da observação e do desenho, (a saber: começo – hora e minuto exato em que se iniciou; esboço – hora e minuto exato em que o desenho viu-se esboçado; término – a hora e minuto exato que marcou o fim da observação e do desenho. O tempo utilizado é o Tempo Universal T.U., é o tempo no meridiano de Greenwich, à hora da observação), a data completa, nome do observador, local da observação, instrumento utilizado (tipo, abertura e distância focal), aumento, tipo da ocular, condições atmosféricas (vento, temperatura, umidade, névoa, transparência, nuvens passageiras, turbulência) e outros fatos ou detalhes que julgar importantes.
Observação do Sistema Solar
Observação do Sol

 Sol tal como é visto quando sua imagem é projetada sobre um anteparo branco.
Observar o Sol é muito fácil e acessível, é uma das poucas observações que podem ser realizadas durante o dia claro. É possível realizar trabalhos experimentais em física e geografia. Observando o movimento do Sol ao longo de um ano permite entender as estações. Se projetarmos sua sombra através de uma haste vertical fixa no chão será possível medir o tempo enquanto o Sol estiver acima do horizonte.
O Sol deve ser observado por meio de projeção, sem perigo e muito cômoda, colocando uma tela ou cartão branco a 30 cm (de 30 a 50 cm) da ocular e ajustar o foco, trazendo a ocular para frente e para traz, até a imagem ficar nítida, basta olhar os bordos do Sol, eles devem ficar bem definidos.
A observação por projeção permite visualizar as manchas solares e verificar o movimento de rotação do Sol de um dia para o outro.
É bom estar ciente do perigo da observação do Sol sem proteção. Observar o Sol a olho nu ou com uma luneta, binóculo ou telescópio é muito perigoso. A observação direta por meio de um instrumento óptico, provocará queimadura na córnea e na retina, com perda irremediável da visão. Por essa razão, aconselhamos que a observação do Sol se realize apenas pelo método de projeção.
Observação da Lua
Lua vista ao telescópio.

A Lua é o astro mais fácil de ser observado, pois mesmo um pequeno instrumento, com um aumento de 50 vezes, permite observar detalhes de sua superfície, como crateras, planícies, Alpes, cadeias de montanhas, ranhuras e algumas ondulações.
Somente na Lua conseguiremos observar imagens nítidas e muito bem definidas de tantos detalhes. Um binóculo ou uma pequena luneta permite ver detalhes como crateras, cadeias de montanhas e planícies. Com um telescópio de 150 mm de abertura é possível observar detalhes de 1800 m.

Observação de Mercúrio
O planeta Mercúrio pode ser observado a olho nu, pois sua magnitude chega a –1,2 apesar  da observação ser difícil devido à sua proximidade do Sol. Com uma luneta, será possível acompanhá-lo durante todo o dia se tivermos determinado a sua posição antes do nascer do Sol.
Para apreciar suas fases, principalmente nas proximidades da conjunção superior, será necessária uma objetiva de 60 mm de abertura e uma ocular de 100 vezes de aumento. Para uma observação mais detalhada desse pequeno disco de 5 a 18 segundos de arco, convém utilizar um instrumento com abertura superior a 15 cm, capaz de fornecer um aumento de 160 a 250 vezes.
Observação de Vênus
Vênus é de todos os planetas o mais fácil de ser identificado, em virtude de seu brilho excepcional. Sua magnitude pode alcançar o valor de –4,3 , ou seja, sua luminosidade é 12 vezes superior à de Sírius, a estrela mais brilhante do céu.
Um observador com uma luneta de 60 mm com um aumento de 15 a 30 vezes poderá ver as fases de Vênus e com um telescópio de 50 a 100 mm, ou maior, e um aumento de 150 a 200 vezes poderá visualizar detalhes que tornam sua fase irregular.
Observação de Marte
 Marte visto com uma luneta ou telescópio de médio porte.
Uma modesta luneta de 50 a 60 mm com aumentos de 50 a 60 vezes, será suficiente para observação da calota polar, como um ponto branco muito protuberante sobre a borda  do disco avermelhado do planeta. Só com um instrumento de 100 mm de abertura será possível acompanhar as variações da calota e visualizar as manchas na superfície do planeta. Com  um instrumento de 15 a 20 cm de abertura, será possível o estudo da calota polar e o reconhecimento de quase todas as configurações da superfície de Marte.
Observação de asteróides
Existem duas maneiras de se observarem os asteróides: visualmente e por fotografia. O primeiro caso não envolve mistério algum bastando seguir esta orientação: determinar a área do céu em que as efemérides (efeméride: tabela que fornece, em intervalos de tempo regularmente espaçados, as coordenadas que definem a posição de um astro) que assinalem a presença de algum asteróide. Confrontando o campo de visão com o mapa estelar, constata-se que o planetóide procurado é precisamente a “estrela” que não se encontra no mapa.
A observação telescópica direta com instrumentos de amadores é muito precária e não mostra nem o disco de Ceres, que subtende um ângulo de somente 0,7 segundo. Para uma observação mais profunda, o método fotográfico constitui a melhor solução, pois amplia o campo de investigação. Uma teleobjetiva de 300 mm alcança asteróides de magnitude 13, ao passo que um de 200 mm detecta asteróides de magnitude 15.
Observação de “estrelas cadentes” e “chuvas de meteoros”
Quando estamos observando o céu vemos estrias luminosas que atravessam o céu rapidamente, o fenômeno dura algumas frações de segundo, e é popularmente conhecido como “estrela cadente” , trata-se de um “meteoro” luminoso, meteoro é qualquer fenômeno atmosférico, como chuva, vento, granizo, etc.. Ocorre quando  um fragmento de matéria proveniente do espaço penetra na atmosfera terrestre. Ao atravessar a parte da atmosfera, essas pequenas partículas se aquecem, devido ao atrito com o ar, tornando-se luminescentes.
Ao contrário do que muitos podem pensar, a melhor maneira de observar essas quedas de meteoros é com a vista desarmada, uma vez que o campo visual abrange 180 graus.
A terminologia para designar esses corpos celestes, que muitas pessoas confundem, deve ser entendida assim: define-se como “meteoro” o fenômeno luminoso; “meteorito” constitui a partícula ou fragmento que consegue chegar ao solo; e “meteoróide” é o mesmo fragmento quando situado no espaço antes de a Terra encontrar sua órbita.
Observação de cometas

Cometa registrado em fotografias de longo tempo de exposição
Um cometa tem sempre uma aparência difusa e a maioria dos cometas têm brilho fraco, aspecto esférico e não apresentam cauda. Cometas com até magnitude 7 são visíveis a olho nu, com magnitude entre 7 e 11 podem ser observados com um binóculo e além disso só podem ser visualizados com telescópios de grande abertura ou ainda só aparecem em fotografias de longo tempo de exposição.
Ao contrário da observação à vista desarmada, que permite uma visualização panorâmica de todo o cometa, com um binóculo será possível observar suas particularidades. Os melhores binóculos para observação de cometas são 7x50 e 10x50 que possuem grande campo de visão. Os telescópios devem ter grande abertura, 150 mm ou mais, será aconselhável utilizar uma ocular de pequeno aumento, ou seja, de grande distância focal.
Observação Júpiter
 Júpiter visto com luneta ou telescópio.
Depois de Vênus, Júpiter é o planeta mais fácil de ser identificado, em virtude de seu brilho. Por outro lado, depois da Lua, é o astro mais fácil de ser estudado através de uma luneta, pois seu diâmetro aparente é suficiente para que se observe, com um modesto instrumento, os principais detalhes de seu disco. Um binóculo permite visualizar os quatro principais satélites de Júpiter.
Júpiter apresenta, visto de um telescópio, numerosas faixas paralelas ao equador. As listras escuras recebem o nome de faixas; as luminosas ou claras são chamadas de zonas.
Observação de Saturno
 Saturno visto com luneta ou telescópio.
Saturno é sem dúvida o mais belo e interessante dos planetas. Quem o observa com um bom telescópio dificilmente deixa de ficar fascinado pelo espetáculo oferecido pelo globo e seus anéis. A utilização de binóculos para observação de Saturno não mostra detalhes do planeta, no máximo pode permite observar o formato ovalado do planeta devido aos anéis. Com uma luneta de 60 mm de diâmetro já se vê os anéis, mas só a partir de 150 mm de abertura será possível ver divisões nos anéis e faixas muito tênues no globo.
Observação de Urano
Não é preciso um instrumento muito potente para se perceber o disco de Urano. Um telescópio refrator de 80 mm já o define, cinza esverdeado muito pequeno. Alguns observadores afirmam que o disco se torna bem perceptível com uma ampliação de apenas 40 vezes.
Para se avistarem detalhes  do disco, porém, o aumento requerido chega a 500 vezes, com abertura de pelo menos 250 mm. Dessa forma, Urano surge bem nítido. Percebem-se, então, paralelas ao equador, faixas semelhantes às de Júpiter e Saturno, que pouco contrastam com o resto do disco, devido ao fraco brilho do planeta.
Observação de Netuno
Netuno aparecerá como um astro de magnitude 7,6. O astrônomo amador poderá, entretanto, acompanhar com prazer o seu lento movimento entre as estrelas com o auxílio de um binóculo.
Aos instrumentos de grande potência o corpo achatado de Netuno revelará apenas faixas semelhantes às de Júpiter e Saturno,  embora com um aumento de 150 a 200 vezes seja possível reconhecer o pequeno disco de aspecto planetário entre as estrelas. Um telescópio de 250 mm permitirá observar o satélite Tritão.
Observação de Plutão
Será necessária pelo menos uma objetiva de 250 a 300 mm de abertura para observar Plutão como uma fraca estrela de magnitude 14,5. A fotografia registrará sua imagem se observado com um refrator de 100 mm e f/4,5 ou f/6,3 numa exposição de uma hora com um filme muito sensível.
Observação de eclipses solares
 Eclipse tal como é visto a olho nu.
As fases sucessivas de um eclipse parcial e anular do Sol podem ser acompanhados a olho nu, com o cuidado de se proteger a vista com um vidro de soldador n.º 14, utilizado em máscaras de soldador. Na fase de totalidade no caso do eclipse total do Sol é possível observar o eclipse sem qualquer proteção. Se for utilizado um telescópio para observação do eclipse, isso deve ser feito apenas por meio de projeção.
Observação de eclipses lunares
 Eclipse tal como é visto a olho nu.
Para observar um eclipse lunar com o auxílio de um telescópio convém utilizar a ocular de mais fraco aumento, para obter, se possível, uma imagem de toda a Lua num mesmo campo de visão. A observação de um eclipse lunar com um binóculo também proporciona resultados muito bons.
Observação de estrelas duplas
Podemos encontrar muitas estrelas que parecem estar muito próximas umas das outras, são as chamadas estrelas duplas. As duplas podem estar muito próximas uma da outra, isto é, uma estrela orbita outra estrela ou podem ser duplas por paralaxe, isto é, uma esta muito mais distante que a outra, mas se encontram quase na mesma direção, quase na mesma linha de mira.
Para observar uma estrela dupla o ideal é utilizar um telescópio, uma pequena luneta já permite identificar muitas delas. Quanto maior a abertura do telescópio maior será seu poder de resolução, ou seja, maior será sua capacidade de separar estrelas duplas cuja distância angular é muito pequena, desse modo os telescópios de grande abertura facilitam a observação de estrelas duplas.
Observação de nebulosas, aglomerados de estrelas e galáxias
Abaixo você pode ver como nebulosas, aglomerados de estrelas e galáxias aparecem em fotografias de longo tempo de exposição.

M42
Nebulosa e Aglomerado Aberto
Eta Car
Nebulosa e Aglomerado Aberto
M31
Galáxia
M13
Aglomerado Globular
A
observação de nebulosas requer telescópios de grande luminosidade, isto é, grande abertura, distância focal pequena e pequenos aumentos, isso também é válido para aglomerados globulares, aglomerados abertos e galáxias. Os binóculos também se prestam para observação desses objetos.
A nebulosa de melhor visibilidade é M42, a Grande Nebulosa de Orion, é a mais fácil de se observar e fotografar, quando observa por um telescópio apresenta aparência de uma nuvem esbranquiçada e nas fotografias aparece vermelha devido a emissão de radiação eletromagnética na faixa do infra vermelho.
Uma nebulosa também pode emitir ultra violeta, que não é visível e também é difícil de registrar em filmes fotográficos e além de tudo isso é absorvido pela atmosfera, quando registrado em fotografias dá aparência azulada a fotografia.
Nebulosas, galáxias e aglomerados globulares têm aparência difusa e apresentam fraco brilho, aglomerados globulares são conjuntos formados por centenas de estrelas e de aspecto esférico. Objetos difusos são melhor percebidos em fotografias de longo tempo de exposição. 

Um comentário:

Carlos disse...

Uma pena não ter fotos,mas eu olhei no google images e entendi tudo,o bom é que aqui em casa tem um quintal e dá para olhar o céu.Amo seu blog!