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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Como plantar e cuidar de girassóis

                                              
Girassóis

O Helianthus Annus (Girassol) é flor originária da América do Norte e apresenta aspecto robusto e tom amarelo-alaranjado.
Adota o comportamento vegetal conhecido como Heliotropismo, ou seja, “gira” no caule de maneira a estar sempre com a “face” voltada para o sol.

O desenvolvimento e a produção de girassol requer bom suprimento de água no solo no período que vai da germinação das sementes ao início do florescimento. Após a formação dos grãos a cultura é favorecida por período seco.

- PREPARO DO SOLO
Para o plantio do girassol, o terreno é preparado com aração profunda (25 a 30 cm) e gradeações. Essas operações são efetuadas após a limpeza do terreno, quando ela é necessária. A ultima gradeação realizada pouco antes do plantio contribui para o controle das ervas daninhas. Após a última gradeação o terreno deverá estar livre de ervas, de torrões e com a sua superfície uniforme.

PLANTIO
O plantio do girassol em São Paulo abrange o período de setembro a março, destacando -se duas épocas: a da primavera, a partir de meados de setembro, e a de verão, com início em fins de dezembro. A época mais favorável para o plantio situa-se entre fins de dezembro e meados de fevereiro.
O espaçamento de plantio de girassol pode variar de 60 a 90 cm entre linhas e de 30 a 40 cm entre as sementes na linha. Para materiais de porte médio, o espaçamento de 70 cm entre linhas apresenta bons resultados. O espaçamento de 80 cm.tem sido empregado para a mecanização da colheita com colhedeiras de milho adaptadas.
A profundidade de plantio recomendada é de 3 a 5 cm,.estabelecida a profundidade ela deve ser mantida constante em toda a operação de plantio para evitar falhas na linha.
A semeadura é realizada quando o solo esta com bom teor de umidade.
As sementes de girassol têm forma oblonga, sendo por isso difícil sua distribuição uniforme com os dosadores de sementes das semeadoras usadas em outras culturas. É, portanto, necessário usar dispositivos distribuidores de sementes específicos para o girassol para manter sua semeadura uniforme obter uniformidade na semeadura é de particular importância porque há acentuada concorrência entre as plantas do girassol quando há excessos de plantas na linha.

TRATOS CULTURAIS
O controle de ervas na cultura do girassol pode ser mecânico ou químico. Geralmente o controle mecânico é suficiente para manter a lavoura livre de ervas.
Os cultivos realizados com cultivador,e complementados com enxada, quando necessário, devem ser realizados com as ervas ainda pequenas.
No controle químico podem ser usados herbicidas à base de Trifluralina e Alachlor.

PRAGAS E CONTROLE
A praga que tem atacado a cultura de girassol com mais freqüência e mais intensidade e a lagarta preta das folhas, de nome específico Chlosyne lacinia saundersii. O besouro Ciclocephala melanocephala, de ocorrência bastante rara, danificam os capítulos provocando prejuízos consideráveis à produção. Outras pragas, como vaquinhas, cigarrinhas, besouros e outras lagartas são encontradas na cultura do girassol, porém os danos que causam não tem expressão econômica.
Para o controle da lagarta preta das folhas e do besouro dos capítulos são recomendados produtos à base de Triclorfom e Cartap.

DOENÇAS E CONTROLE
A principal doença da lavoura de girassol em São Paulo é a Mancha de Alternária, doença fúngica que caracteriza-se por pequenas pontuações necróticos de coloração castanha a negra, de forma arredondada ou angular, com cerca de 3 a 5mm de extensão, e talo de cor amarela em torno da lesão.
A ferrugem, outra doença fúngica cujo agente causal é o fungo Puccinia helianthi já causou sérios prejuízos à produção paulista. Os materiais atualmente utilizados têm apresentado tolerância à ferrugem, deixando essa doença de ser um risco para a produção.
Nos plantios tardios (abril), realizados em regiões úmidas e frias, ocorre a podridão de Sclerotínia, que se caracteriza por uma camada de micélio branco sobre o caule das plantas, escleródios no seu interior e podridão nos capítulos. O agente causal dessa doença é o fungo Selerotína Sclerotiorum.
Não há produtos químicos registrados no Ministério da Agricultura para o controle de doenças do girassol. As medidas de controle são culturais, destacando-se a rotação de culturas e o emprego de sementes sadias.

COLHEITA
A colheita pode ser totalmente mecanizada ou semi-mecanizada. Ela é realizada 100 a 130 dias após a emergência das plantas, quando o capitulo está com coloração castanha. O teor de umidade dos grãos para o armazenamento é de 11%, podendo o girassol ser colhido com 14% de umidade para posterior redução da umidade a 11%.
A mecanização total da colheita é obtida com a adaptação de plataformas em colhedoras automotrizes de cereais. Essas adaptações tem sido feitas em colhedoras de milho.
A colheita semi-mecanizada é semelhante à de feijão. Os capítulos são colhidos e amontoados junto à batedeira estacionária para a operação de trilha.

Os solos mais indicados para a produção de girassol são os de textura média, profundos, com boa drenagem, razoável fertilidade e pH de moderadamente ácido a neutro; superior a 5,2 (determinação em CaCl2) .Solos leves ou pesados podem também ser usados se não houver impedimento para o desenvolvimento do sistema radicular. Solos com acidez elevada ou acentuada pobreza química não devem ser usados para o cultivo do o girassol sem a correção dessas deficiências.

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